A Estátua da Liberdade, um dos ícones mais reconhecíveis dos Estados Unidos e um símbolo universal de liberdade e democracia, guarda em sua história e construção uma série de fatos curiosos que vão além de sua imponente figura no Porto de Nova York.

Seu nome oficial, por exemplo, é muito mais grandioso: “A Liberdade Iluminando o Mundo” (Liberty Enlightening the World). Ela não foi construída em solo americano, mas sim na França, como um presente do povo francês para celebrar a aliança entre os dois países durante a Revolução Americana e o centenário da independência dos Estados Unidos.

Originalmente, a estátua não ostentava a conhecida coloração verde-azulada. Feita de cobre, sua cor era semelhante a de um centavo de dólar novo, um marrom avermelhado brilhante. A pátina esverdeada que a caracteriza hoje é resultado de um processo natural de oxidação do cobre ao longo de décadas de exposição aos elementos.

A mente por trás do design escultural foi Frédéric Auguste Bartholdi, mas a complexa estrutura interna de metal que sustenta a colossal estátua teve a genialidade de outro nome famoso: Gustave Eiffel, o mesmo engenheiro responsável pela icônica Torre Eiffel em Paris.

A viagem da França para os Estados Unidos foi, por si só, uma façanha logística. A estátua foi cuidadosamente desmontada em mais de 300 peças, embalada em 214 caixas e transportada de navio através do Atlântico para ser remontada em seu pedestal na então chamada Ilha Bedloe (hoje Ilha da Liberdade).

Cada detalhe da Estátua da Liberdade carrega um simbolismo profundo. Os sete raios em sua coroa representam os sete oceanos e os sete continentes, significando a disseminação da liberdade pelo mundo. As 25 janelas na coroa simbolizam joias e a luz celestial que ilumina o caminho. A estátua é retratada em movimento, com o pé direito levantado, e a presença de correntes e grilhões quebrados a seus pés evoca a ruptura com a opressão e a escravidão.

Por um período, entre 1886 e 1906, a Estátua da Liberdade chegou a funcionar como farol, guiando embarcações que se aproximavam do porto. Apesar de sua solidez aparente, ela é um alvo frequente de raios, sendo atingida centenas de vezes anualmente. Curiosamente, o rosto da estátua teria sido modelado com base nas feições da mãe de Bartholdi.

A tocha original passou por diversas modificações ao longo do tempo. A atual, instalada em 1986, é feita de cobre folheado a ouro 24 quilates. No entanto, o acesso de visitantes à tocha é restrito desde 1916 por motivos de segurança. Reconhecendo seu valor histórico e cultural inestimável, a Estátua da Liberdade foi designada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1984.

Essas curiosidades adicionam camadas à rica história e ao significado duradouro da Estátua da Liberdade, tornando-a não apenas um monumento impressionante, mas também um testemunho fascinante de engenharia, arte e ideais de liberdade.


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